O BONDE ELÉTRICO

Vila Velha primitiva dispunha, além de seu núcleo central, de três aglomerados urbanos importantes na sua formação, sendo eles Aribiri, Paul e Argolas. Aribiri e Paul surgiram em decorrência da inauguração da linha de bondes em 1912, enquanto Argolas, da inauguração das estações de trem da Leopoldina e da Vitória a Minas.

Aribiri localizava-se mais ou menos no meio do trajeto da linha de bondes e Paul no fim, às margens da baía de Vitória. O outro extremo da linha ficava em Piratininga, localizado na entrada para o Batalhão do 3º BC, antes 50º BC e atualmente 38º BI. Este ponto era para obrigatória para o embarque e desembarque de pracinhas e oficiais.

O bonde tinha 12 metros de comprimento, atingia a velocidade máxima de 30 quilômetros por hora e tinha capacidade para aproximadamente 50 pessoas sentadas, 36 em pé na lateral e cerca de 20 pessoas em pé, no meio do carro.

O BONDE – EM VITÓRIA – 1907

Os primeiros bondes de Vitória – a tração animal – vieram de Niterói, e a primeira linha foi inaugurada em 1907, ligando o centro da cidade ao Forte São João, passando pela rua 1º de Março. Dois anos depois, em 1909, a rede estendia-se à Praia do Suá e, a seguir, Arraial de Santo Antônio.

A CHEGADA A VILA VELHA

Em 1911 a empresa Siemens-Schuckert começou a construção de uma outra linha de bondes elétricos do outro lado da baía. A Companhia dos Bondes de Vila Velha ordenou a compra de dois conjuntos de carros de JG Brill, na Filadélfia, e abriu sua linha de bondes elétricos entre Vila Velha e do terminal de Ferry (Cais das Barcas) em Paul em 12 de abril de 1912.

Segundo o historiador Dijairo Gonçalves Lima, três acontecimentos marcaram o início do desenvolvimento de Vila Velha: a inauguração da luz elétrica pública em 1910; o funcionamento dos bondes em 1912 e a instalação da água encanada também em 1912.

Fonte: Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha / Casa da Memória