Fotos e texto: Alessandro de Paula
Fonte: Jornal A Tribuna
Ameaçado por obras irregulares e pela degradação natural causada pelo tempo e pela falta de conservação, o Sítio Histórico de Muqui, na região Sul, acabou de receber uma união de forças de vários órgãos para estimular a preservação de seu casario e o turismo local.
Em encontro organizado pelo Ministério Público Estadual do Espírito Santo (MPE-ES), na última segunda, lideranças estaduais e municipais assumiram compromissos como preparação de financiamento para reforma dos imóveis e levantamento do casario.
Muqui possui o maior sítio histórico do Espírito Santo, com mais da metade dos 777 imóveis tombados, segundo a Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Os outros sítios estão em São Pedro do Itabapoana (Mimoso do Sul), Santa Leopoldina, Itapina (Colatina) e em São Mateus.
Segundo o promotor de Muqui, Fábio Baptista de Souza, a decisão de promover o encontro surgiu após moradores reclamarem da dificuldade financeira e da falta de profissionais especializados para conservar os imóveis, alguns com quase 100 anos de construção.
“Há a necessidade de planejamento, incentivo e implantação de políticas públicas que tornem o tombamento dos imóveis viável sob os aspectos da preservação cultural e exploração turística”, destacou.
Para o promotor, não se pode somente exigir dos proprietários que conservem seus imóveis sem que se tenha uma estratégia de valorização do processo histórico que envolve essas famílias. A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) se comprometeu a criar curso de educação ambiental até o dia 30 de novembro em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural (Iphan).
O promotor cobrou da prefeitura agilidade na elaboração do Plano Diretor Municipal (PDM) estabelecendo regras que impeçam obras que descaracterizem o visual histórico das edificações.
Confira a reportagem do jornal A Tribuna – 21 de setembro – página 20